O poder do “até”

A natureza nos ensina com muita simplicidade. Colher – o que todos desejam – só é possível se você plantar – o que é extremamente penoso e poucos se dispõem a fazer.

Às vezes queremos subverter essa lógica em troca do imediatismo ou por querermos um resultado que nos dê uma aparente sensação de mais segurança, uma vez que sempre há o risco de a colheita ser comprometida por pragas.

Seja pelo imediatismo ou pelo medo das variáveis, acabamos perdendo o foco no plantio e aí, sim, comprometemos o resultado final.

Foco é fundamental na hora de plantar, bem como perseverança para cuidar do plantio ATÉ que cheguemos à colheita.

Eu destaquei a palavra até porque gosto muito dela e por considerá-la uma pequenina palavra, porém poderosa. Muitos não têm paciência para atravessar o ATÉ, outros nutrem incertezas durante o ATÉ, enquanto alguns depositam seu foco e dedicação nesse percurso indispensável.

O trajeto do ATÉ é o lugar onde muitos talentosos se perdem, os impacientes se desviam e os medrosos colocam tudo a perder em busca de mais segurança. Um paradoxo, pois seguro mesmo é plantar e perseverar ATÉ colher.

No fundo, tudo é muito simples mesmo. Nós é que complicamos quando não observamos bem as leis da natureza que nos ensinam gratuitamente a lógica de tudo que prospera e cresce neste Planeta.