Um Brasil de fanáticos chatos

Um dia o Brasil foi pacífico e divertido, até que se transformou nessa terra de fanáticos chatos.

Toda ajuda é bem vinda, mas se uma pessoa acreditou que é vítima da sociedade, do sistema ou do meio em que vive, perderá toda força e convicção para reagir e construir um futuro melhor.

Alguém que, mesmo com todas as adversidades pelas quais não teve escolha (simplesmente, a vida lhe recebeu desse jeito), chama para si a responsabilidade de mudar, terá muito mais chances de se tornar alguém relevante para as novas gerações.

Saí da pobreza e cresci. Conheço muitos que também fizeram o mesmo com seu próprio mérito e sem maracutaia. Não é fácil, mas é possível. Isso basta.

Ideologias coitadistas são um vírus mortal, porque matam sonhos e os transformam em revolta e raiva, que serão transferidas para a sociedade em forma de brigas entre classes, entre opções sexuais e religiosas.

Infelizmente, o Brasil foi tomado por essa chatice. Estamos virando um bando de fanáticos que ficam ofendendo uns aos outros nas redes sociais, um amontoado de gente que se acha superior ao outro porque tem uma ideologia X ou Y, porque vota no partido A ou B.

Estamos voltando à era do preconceito, da segregação e discriminação ideológica. Petistas se acham melhores que os Tucanos, que por sua vez sentem-se mais esclarecidos que seus adversários. Estou com vergonha daquilo em que estamos nos transformando como sociedade.

Estou há três anos aqui tentando libertar as mentes desses sofismas, mas, em apenas dois meses de campanha política, o país foi varrido por coitadismos de toda sorte, brigas e desrespeitos que vão de militantes a candidatos a presidentes e até ex-presidentes. Isso pode ter cara de democracia, mas sinto lhes informar que esse cenário, de fato, retrata a verdadeira face da intolerância, culto ao ódio e fanatismo desordenado.

Não vejo a hora de acabar logo esse segundo turno. O que esperar do futuro do Brasil dentro desse cenário? Não sei. Terei muito a trabalhar aqui nesta página. Fico muito impressionado com como as pessoas se comportam como boiada, correndo de um lado para o outro sem direção, sem opinião e quando pensam que têm uma direção, logo se acham melhores do que outras que elas supõem que não têm a mesma visão.

Para sair da gaiola, é preciso ter a coragem de voar, porque o pior escravo é aquele que pensa que é livre, mas está algemado ideologicamente, sendo guiado por controle remoto em direção ao nada, ao vazio e à frustração. Encare os fatos: partido algum mudará sua vida e político algum estará preocupado com você mais do que com suas ambições políticas. Simples assim.

Sua esperança deve estar em sua mentalidade vencedora. Por isso, não permita que o seu cérebro seja sequestrado por coitadismos ou por representantes que na verdade representam seus próprios interesses e não os seus.

Como ser livre? Em primeiro lugar, seja brasileiro. Em segundo lugar, seja você mesmo e, talvez, em terceiro, escolha seu partido político. Quando você é conduzido a colocar seu partido político em primeiro lugar, bem vindo ao fanatismo que o transformará num chato útil para aqueles que farão um bom uso de sua militância em troca de nada.

Desculpe-me o texto pesado, mas depois de três anos, é o melhor que posso fazer diante da categoria de comentários que tenho observado aqui nesta página.

Bem, isso explica o fato de que somente uma minoria chega mais longe. Uma pena…

PS: Faz bastante tempo que não escrevo isso:

Não gostou? Dois trabalhos: o primeiro foi o de não ter gostado e o segundo espero que seja o de descurtir a página. Fique à vontade para dar aquela tradicional choramingada nos comentários antes de partir.