Em tempos de guerra de informação, é muito importante compreender os fatos. A Petrobras teve seu rating rebaixado, segundo agência de risco Moody’s. Sabe o que isso significa? Que essa agência de risco, formada por profissionais altamente gabaritados do mercado financeiro e analistas de negócios, consideram que a companhia passou a ser uma empresa menos confiável e sujeita a não pagar seus compromissos. Esse rebaixamento afasta investidores e aumenta o custo para a empresa pegar empréstimos necessários para honrar suas dívidas.
Por que a Petrobras foi rebaixada pela Moody’s?
Pelos escândalos de corrupção envolvendo valores bilionários, forte intervenção política em sua gestão, balanços não auditados e aumento brutal de sua dívida. Além disso, há potenciais contingências geradas por processos movidos contra a companhia nos EUA. As agências são uma espécie de guias para investidores de todo mundo.
A Petrobras é vítima de golpe ou perseguição da mídia?
Absolutamente, não. A Petrobras é vítima, na melhor das hipóteses, de sua má gestão ou, na pior, de uma gestão fraudulenta que está sendo investigada pela polícia que envolve executivos da companhia, fornecedores e operadores ligados a partidos políticos. A imprensa faz a cobertura do escândalo de corrupção que é investigado pela Polícia Federal e Ministério Público, que fornecem todas essas informações. Culpar a imprensa é tentar desviar a atenção da corrupção em alta escala flagrada na estatal. As agências de riscos não são organizações políticas, não são influenciadas pela mídia e fazem sua análise de forma técnica e isenta, pois elas não ganham e nem perdem nada com a elevação ou o rebaixamento do rating de qualquer empresa no mundo.
Quais são as possíveis consequências?
Queda ainda mais acentuada no preço das ações, desvalorizando ainda mais a companhia e um indicativo de que o Brasil (país) também pode ser rebaixado num futuro próximo – espero que não – o que seria extremamente ruim para a economia brasileira. Além disso, com o aumento do custo dos empréstimos pagos pela Petrobras, a pressão para o aumento dos combustíveis no Brasil tende a ser maior, dentre outras consequências para o seu bolso.