Nesta semana, conversando com amigos, ouvi a história de um adolescente de Curitiba que costuma errar propositalmente algumas questões em suas provas para que não seja molestado por seus amigos, chamando-o de bitolado e nerd por sempre alcançar excelentes resultados.
Esse é mais um exemplo da militância da mediocridade que está instaurada por todas as partes, produzindo uma enorme inversão de valores que toma conta de muitas mentes nesta sociedade que admira o fútil ao mesmo tempo em que arrota uma espécie de socialismo que despreza os que expõem o seu capital ao risco gerando empregos e impostos, enquanto é extremamente consumista. Eu chamo de Sociedade dos Ches Guevaras patrocinados pelo McDonald’s.
Francamente, uma das melhores decisões que tomei há um ano foi retirar o meu filho de 14 anos da escola. Ele sempre foi bom aluno, mas depois disso se tonou muito mais responsável, com iniciativa própria para fazer suas pesquisas, estudando 5 horas por dia sozinho através de um programa online de uma universidade americana. Ele tem alcançado resultados melhores do que tinha numa das mais tradicionais escolas dos EUA, resultados medidos anualmente por um exame de Stanford. Somado a isso, ele está aprendendo seu terceiro idioma e tendo acesso a outras culturas. A propósito, no Brasil, apenas 3% da população brasileira fala inglês, depois de estudarem o idioma na escola por mais de 10 anos entre o ensino fundamental e o médio. Alguém consegue me explicar essa proeza?
A parte social, uma preocupação que tive inicialmente, foi naturalmente suprida com o convívio social em sua prática recorrente de esporte. Aliás, a partir deste, ele é o mais novo atleta da Federação Portuguesa de Futebol, fazendo parte da base de um clube e participando de torneios oficiais.
No Brasil, o pai que decidir retirar o seu filho da escola, ainda que seja de uma escola onde o Estado não tenha sequer o controle para não permitir a venda de drogas no recreio, como é o caso de muitas escolas públicas brasileiras, será processado sob pena de perder a guarda de seu filho. Criança na escola é objeto de controle ideológico do Estado sob o argumento de que educação é um direito da criança. Em outras palavras, segundo o Governo, isso significa que os pais são incapazes para decidirem a melhor educação a ser dada para o seu filho. É claro que em países desenvolvidos isso é tratado de outra forma, como no exemplo acima que dei de meu filho.
Comportamento e mentalidade são mais importantes do que o conteúdo. Na sociedade da informação, os conteúdos estão cada vez mais disponíveis em diversos meios e facilmente acessados por todos a qualquer momento. No entanto, a criação de indivíduos seguros, que não desistem nas primeiras dificuldades, que saibam trabalhar em equipe e que não estejam contaminados por ideias derrotistas e medíocres, em minha avaliação, será um grande diferencial daqui para a frente.
Voltando ao assunto do aluno que errava de propósito, vamos colocar as coisas em seu devido lugar:
Quem é dedicado e aplicado está de parabéns e merece ser reconhecido. Quem é acomodado e se conforma em ficar na média e, pior, insiste em ficar molestando os dedicados e aplicados, e não estão com nada e se não mudarem não terão nada a acrescentar para a sociedade.
O GV vai ajudar os que querem sair da média a mudar esta realidade. É uma questão de mudar a forma de pensar, mudar a mentalidade. É uma questão de pensar fora da caixa.