Desde criança ouvimos a pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”. Naturalmente pensamos em profissões que admiramos como piloto, médico, aeromoça, advogado, e tantas outras, e deixamos nossa mente viajar sonhando com tais carreiras mas sem ainda nos preocuparmos com o investimento de tempo e financeiro exigidos para a realização desse sonho.
Em poucos anos, já na adolescência, uma nova pergunta aparece: “Você vai prestar vestibular pra quê?”. Agora, com um pouco mais de conhecimento sobre as profissões e suas áreas de atuação e sendo mais realistas sobre nossa condição intelectual adquirida até ali, respondemos, ainda que não totalmente confiantes, a profissão que escolhemos. Nesse momento, já sabendo o investimento financeiro e ainda os anos de dedicação necessários aos estudos futuros, nos lançamos em uma jornada em busca de um sonho, uma visão de futuro, dispostos a pagar o preço que for para alcança-lo.
Assim como acontece com a profissão, muitas vezes desde criança sonhamos em formar uma família, desejamos ter nossa própria casa e vivermos “felizes para sempre” com aqueles que amamos. Mas, será que é simples assim juntar pessoas diferentes, com estilos, experiência de vida, gostos e às vezes propósitos diferentes e achar que vai dar tudo certo porque se tem amor?
A vida familiar exige muito mais! É necessário sonho, visão de futuro, disposição para pagar o preço, e ainda capacitação, desenvolvimento de competências, negociação, comunicação adequada, liderança, clareza da missão e valores, rotina de trabalho, planejamento financeiro, fluxo de procedimentos, trabalho em equipe, apresentação de resultados… Ufa! Até parece uma empresa… e de certa forma é!
Quando iniciamos uma família, iniciamos o maior e mais complexo empreendimento de nossas vidas. Podemos até ter conhecimento teórico sobre como faze-la dar certo, mas precisamos nos desenvolver de várias maneiras para que ela efetivamente aconteça. É como se houvesse um plano de carreira familiar implícito em que você inicia como “Junior” mas precisa ter a meta de tornar-se “Diretor”. Só que isso não acontecerá por acaso. É necessário nos vermos como “trainees” que precisam se dedicar para conquistar novas habilidades e competências ainda não desenvolvidas, desejarmos ir além, dedicarmos tempo para aprendermos a sermos melhores para a pessoa que escolhemos compartilhar nossas vidas e assim termos reais chances de ter uma carreira familiar de sucesso. A mesma dose de paixão investida na profissão precisa ser direcionada a família. Afinal, assim como no mercado de trabalho, estabilidade não existe e nosso “cargo” em casa também estará sempre sendo posto à prova.
Escolha empreender em sua família!