Ao balançar a árvore, as frutas podres caem

Se fosse fácil vencer, não haveria mérito. Se fosse impossível, não haveria esperança. Se um único ser humano chegou lá, já é suficiente para que fique provado que é possível. Se é possível, mantenha a fé de pé, levante suas nádegas da cadeira e meta a mão na massa.

Nada de lamentações, de desculpas ou justificativas medíocres que são muito frequentes na boca dos fracassados. O destino não privilegia os que transpiram autopiedade, coitadismos ou melancolismos. Está achando o discurso duro? Você ainda não viu nada, pois a vida é muito mais dura do que isso. Muito mais!

Como alguém já disse: “a vida é dura pra quem é mole”.

Invejar, ficar de olho na grama do vizinho ou apelar para caminhos ilícitos é para os fracos, de mau caráter. Convencer-se de que só chega lá desse jeito é a desculpa dos que vão ver o sol nascer quadrado, para, no final, ainda se sentirem vítimas do sistema, com o nariz empinado e punhos cerrados para cima.

Esse post é para incomodar, para você chorar nos comentários ou descurtir nossa página de vez, porque não gosta de ouvir um discurso sem maquiagem. A propósito, se quer discursos bonitinhos, procure uma página de piadas ou de autoajuda.

Você é capaz de coisas extraordinárias, mas, para isso, deve se libertar da epidemia de mediocridade que ronda pelas cidades. Uma epidemia que prega uma suposta igualdade, ainda que sejamos todos diferentes um dos outros. Ainda que, na realidade, de fato, sejamos únicos.

O que importa? Essa epidemia quer que você negue sua individualidade em favor de uma coletividade, que nivela por baixo e somente beneficia o novo clero, a nova elite: os donos do poder.

Não quero ser igual a ninguém. Quero ser eu mesmo, do jeito que eu decidir ser, exercendo a minha liberdade de escolha. Se quero colher muito, preciso ter a liberdade para plantar muito. Se não estou a fim de plantar muito, não posso reclamar não ter colhido quase nada. Não quero ninguém decidindo por mim. Não sou um coitado. Sou protagonista.

Essa igualdade pregada é o próprio veneno travestido de cura. Ou seja, todos iguais mergulhados na estagnação, presos sem liberdade de ir e vir, como na ilha da fantasia, na ilha do homem barbudo que fuma charutos, com as mãos sujas de sangue, patrocinado por fontes duvidosas e por simpatizantes que constroem portos no Caribe com o dinheiro alheio.

Que fique por aqui somente quem ainda acredita que pode mudar de vida e que, para isso, só depende de seu próprio esforço e seu trabalho, sem privilégios, bolsas, cotas ou aquela graninha que rola por debaixo do tapete, ou por bilhetinhos que rolam por debaixo das mesas das licitações ou por cargos públicos que sequer lhe exijam aparecer para dar as caras.

Isso aqui é para GV. Pra quem não se conforma com o lixo que essa sociedade está se tornando bem debaixo do nosso nariz.