Você não é criança e o Estado não é seu pai

“Enquanto morar nessa casa e não pagar suas contas, você faz o que eu mando”. Parece frase de pai dando sermão para filho que quer ter mais liberdade, não é? Essa mesma frase é dita por muitos governos para sua população.

Muito se fala sobre igualdade social. Alguns, sem entenderem exatamente o que isso significaria, acabam defendendo algo que na realidade não têm a menor noção do que de fato poderia representar.

Igualdade social, na realidade, é a síntese de uma tese que determina que você seja um a mais na multidão, sem que nada possa ser feito para mudar essa realidade.

Se sua fome é diferente da minha, por que deveríamos comer um prato do mesmo tamanho? Se sua disposição de plantar é maior que a minha, por que deveríamos ter a mesma colheita? Se seu apetite para o risco é zero, por que deveríamos ter o mesmo retorno?

Se somos tão diferentes uns dos outros, só existiria uma maneira de sermos padronizados e nos tornarmos iguais na sociedade, que é através de um Estado totalitário que, por meio da força, confisca, desapropria, toma posse e, pelo julgamento de meia dúzia que tem em suas mãos o poder, promove uma suposta justiça. Jamais confiaria nessa meia dúzia de déspotas.

Resultado: todos pobres, mas finalmente iguais. Governos poderosos e políticos endinheirados.

Sabe o que acontece com os ricos desses países? Nada. Engana-se quem pensa que eles ficarão pobres também porque vão aceitar que o governo roube seu patrimônio conquistado honestamente com trabalho. Não, eles vão morar em Paris, Miami, Cingapura, Sydney, Berlim ou em qualquer outro país livre e desenvolvido que os respeite, valorize e que, por isso, vai lhes abrir as portas.

Afinal, em países maduros e de primeiro mundo pessoas capazes de produzir riquezas são muito bem vindas, porque geram impostos e empregos para a população local. Enquanto isso, em lugarejos de mentalidade atrasada, elas são vistas como exploradoras. Nessas republiquetas, na realidade, acabam ficando apenas os pobres, que ficam cada vez mais pobres e miseráveis, subjugados por seus governos que dizem em alto e bom som:

“Enquanto você morar nessa casa e não pagar suas contas, você faz o que eu mando”.

Não precisa nem dar nomes aos bois, porque vocês já estão cansados de saber a categoria de país a que estou me referindo e a categoria de regime que tanto vemos pela América Latina afora.

Liberdade vale muito mais do que igualdade. Com liberdade, cada um faz de sua vida o que quer e colhe aquilo que está disposto a plantar e não há nada mais justo do que isso: cada um decidir seu próprio destino.

Agora, quando uma sociedade evolui, quem tem mais quer dividir seu conhecimento com quem tem menos, para que esse também conquiste seu espaço. E quem tem pouco não quer migalhas e não aceita ser sustentado por ninguém, já que sua dignidade é o que lhe fará virar o jogo e crescer dentro da pirâmide social.

Liberdade. Não troque a sua por uma falsa proteção do Estado. Afinal, você já é bem grandinho para viver de mesada.

Pense fora da caixa.