O que seu filho vai ser quando crescer?

Elisa

Por incrível que pareça, mesmo nos dias de hoje, muitos pais ainda obrigam os filhos a seguirem
suas profissões. Eu acreditava que isso não acontecia mais, que era coisa do passado, no entanto,
acredite, ainda acontece!

Meus filhos estão bem nessa idade de se autoconhecer, fazer teste vocacional e pesquisa para
escolher uma profissão. Eu acompanho de perto, porque estudo bastante sobre perfil
comportamental e gosto de ouvir as histórias que eles contam sobre a sala de aula. O que mais me
surpreendeu foi eles falarem que a maioria dos amigos não tem escolha, porque vão fazer o que
os pais querem, afinal, são eles que vão pagar a faculdade.

O pai de uma amiga não deixou ela fazer determinada faculdade alegando que não dá dinheiro;
uma outra tem que fazer Direito para, posteriormente, assumir o escritório de advocacia do pai;
outro só poderá fazer o que quer depois que cursar a faculdade escolhida pelo pai. Meu filho
chegou a dizer quer era o único da sala que tinha incentivo dos pais para fazer o que quisesse,
inclusive, não fazer faculdade.

Tudo isso revela o quanto nós, pais, ainda precisamos olhar para os nossos filhos como indivíduos
e não como uma extensão de nós mesmos. Eles têm dons, talentos e vontades que precisam ser
respeitadas e apoiadas para que se tornem autoconfiantes e desenvolvam todo o potencial que
são capazes de ter. E isso é construído desde a infância até a idade adulta.

Aqui em casa, eu coloquei apenas três condições sobre suas escolhas profissionais:

  • Tem que ser algo digno (nada ilegal, imoral ou que cause danos a si mesmo ou ao
    próximo);
  • Tem que ser algo que use e desenvolva seus talentos;
  • Tem que ser algo capaz de sustentar a si mesmo e a sua família.

Não transfira os seus sonhos ou mesmo as suas frustrações para o seu filho. Você pode e deve
orientá-lo, ajudá-lo a reconhecer o que é bom. Lembrá-lo do que mais gostava de brincar quando
criança também é uma boa indicação da área em que irá se realizar. Mas deixe-o livre para
escolher o seu próprio caminho.

Respeitar e apoiar também é uma forma de amar!