O desafio de trabalhar ou ser sócio do cônjuge ou de pessoas próximas

Elisa

Sempre que conheço uma pessoa e falamos sobre vida pessoal e profissional, menciono que trabalho com meu marido há mais de duas décadas. É nesse momento ela faz uma expressão de surpresa e, muitas vezes, ouço a tal pergunta: “E como vocês conseguem”;

Conversando hoje com meu marido sobre por que as pessoas não gostam de trabalhar com o cônjuge ou alguém muito próximo, como um irmão ou um amigo, achei importante compartilhar com vocês a nossa visão sobre o tema e quais acreditamos serem os motivos:

  1. É comum não sabermos valorizar as qualidades e competências das pessoas que estão muito próximas a nós, porque convivemos com as suas fraquezas, então, acabamos focando mais nos defeitos. Com isso, podemos perder a oportunidade de tê-las como fortes aliadas nos nossos projetos;
  2. Não sabemos separar os nossos papéis, ou seja, a hora exata de ser sócio, amigo, marido/esposa, chefe e, por isso, usamos uma comunicação equivocada em momentos inapropriados, tornando o relacionamento pesado;
  3. Não sabemos dar e receber feedback. Para crescermos em um relacionamento de qualquer natureza, temos que ter humildade para ouvir críticas e sabedoria para fazê-las. O mais comum quando somos criticados é darmos desculpas ou contra-atacarmos com uma listinha de acusações, o que sempre enfraquece a relação.

Agora, para vencer esses paradigmas e construirmos relacionamentos e negócios fortes com o cônjuge e/ou qualquer pessoa da nossa intimidade, é necessário:

  1. Buscar referências: se existe um casal, irmãos ou amigos que conseguem ter êxito juntos na vida pessoal e profissional, você pode se inspirar e conseguir também;
  2. Identifique os valores e os projetos de vida que vocês têm em comum: saiba claramente quais são os seus valores e os da pessoa e perceba os que são comuns, por exemplo, falar a verdade, honestidade e trabalho árduo. Se são os mesmos, fica muito mais fácil terem objetivos e metas em comum e lutarem juntos por eles;
  3. Não deixe a competição egoísta cegar você: se alegrar pelas vitórias do sócio, do amigo, do cônjuge e assim por diante, é essencial para que o veneno da inveja não destrua o relacionamento de vocês. Reconheça a conquista do outro, elogie-o e o aplauda sempre que for oportuno.

Agindo assim, teremos muito mais chances de termos ao nosso lado verdadeiros aliados nos nossos projetos pessoais e profissionais. E, quando conseguimos, nossas conquistas são muito mais plenas e cheias de significado.