Gostaria de ter uma visão diferente do futuro

Vivemos por muitos anos em uma sociedade onde os pobres foram marginalizados e, no momento, estamos construindo uma sociedade onde os ricos passam a ser enxergados como vilões, opressores e aproveitadores. Sabe qual será o resultado final desta tendência? Os ricos vão embora do Brasil (muitos já foram) para desfrutar de suas conquistas em países livres. Haverá menos investimentos no país, menos empregos, menos produção, mais inflação e os pobres ficarão ainda mais pobres e uma parcela deles mergulhará de cabeça na miséria econômica, educacional e política.

Nada disso é novidade. É, coincidentemente, o que já aconteceu nos últimos 10 anos e ainda acontece na Venezuela e Argentina, até que esses dois países chegassem ao caos econômico em que se encontram. A propósito, Nicolás Maduro, o ditador venezuelano herdeiro de Hugo Chávez, acabou de pedir ajuda ao governo brasileiro, que prometeu colaborar com o vizinho e sócio ideológico.

Parabéns aos gênios idealizadores deste modelo latino-americano que certamente terão garantida sua riqueza nos bastidores do poder, como sempre, bem longe dos pobres que tanto defendem. Talvez um dia os pobres se revoltem e resolvam acabar com toda essa farra. Como vivemos a vontade da maioria, até lá, vamos empreender e trabalhar honestamente para construir cada um a sua própria história. Afinal, enquanto empreender não for proibido, sempre haverá a chance de se destacar da multidão.

Falando em história, já deu pzra perceber que ela é meio óbvia e repetitiva. Por isso, manter as pessoas na ignorância sempre será a melhor das estratégias.

Quer defender o pobre de verdade? Vou dar 5 dicas:

1. Pare de conversinha fiada e dê ao pobre uma escola pública decente. A escola pública brasileira é uma vergonha, um vexame e um verdadeiro desprezo aos pobres. Você sabia que se gasta mais por aluno numa escola pública que o custo de uma boa escola particular frequentada pela classe média alta? Motivo da baixa qualidade da escola pública? Não é falta de dinheiro. É Incompetência, desonestidade ou ambos.

2. Dê ao pobre um hospital público decente. Nossos hospitais públicos estão abaixo da linha da dignidade e um descaso com os que não podem usar o plano de saúde dos políticos, que garante a eles tratamento no hospital Sírio-Libanês, um dos mais caros do Brasil, frequentados apenas por ricos.

3. Dê ao pobre a chance de ter acesso a novas referências de vida para que ele aspire e lute por elas. Inclua nas disciplinas escolares casos de sucesso de pessoas que romperam o ciclo de pobreza e venceram com seu próprio esforço. Em vez disso, o coitadismo e o vitimismo é disseminado aos quatro cantos do país.

4. Dê ao pobre segurança e a chance de sonhar. Em vez disso, as áreas mais pobres são controladas por traficantes, onde a polícia primeiro atira para depois pedir a identidade. É obrigação do governo dar segurança.

5. Parem de conversinha fiada. Parem de manipular os pobres. Parem de usar os pobres.

Sei que este pedido é inútil, justamente porque são os próprios pobres, iludidos pelo discurso populista, que estão sendo induzidos a escolher este modelo, massageados pela falsa ideia de que os programas sociais que lhe dão um benefício imediato, claro, muito menor do que a propaganda política alardeia, trocam seu futuro por este alívio passageiro no presente, que, na verdade, tem sido consumido gradativamente pela inflação, que é resultado do descontrole do governo na economia, o que está resultando no corte de benefícios trabalhistas e sociais feitos recentemente pelo governo. E, em breve, teremos mais aumento nos impostos.

Verdade seja dita. As próximas gerações é que pagarão um alto preço e terão vergonha de seus antepassados. Quando isso acontecer, os filhos e netos desses políticos que estão aí hoje, juntamente com os outros ricos que foram embora, estarão no exterior, em países ricos, livres e capitalistas, vivendo uma vida tranquila que suas riquezas poderão lhes proporcionar.

Não falei nenhuma novidade. Quem estuda e pensa sabe que é sempre assim que acontece, porque, afinal, a história sempre se repete.