Empreendedor ou empregado?

O lucro ou prejuízo são a justa remuneração pelo capital de risco investido, dimensionados unicamente pela performance do empreendedor em seu negócio. O salário é a remuneração mensal, sem risco, pelo tempo especializado empregado, dimensionado unicamente pela oferta e procura no mercado.

Vamos analisar os prós e contras dos dois cenários:

O LADO DO EMPREENDEDOR

– O empreendedor deve colocar em risco um dinheiro conquistado que tem aplicado. Se pegar um empréstimo, ele é responsável pelo pagamento, por isso apresentou garantias. Isso se chama risco.
– Em troca, ele não tem limites em seus ganhos, caso seu negócio prospere. O que estabelece o seu ganho é sua performance e não uma remuneração estabelecida pela oferta e a procura do mercado.

O LADO DO EMPREGADO

– Não emprega capital. Emprega o seu tempo. Seu salário e direitos trabalhistas são garantidos por lei.
– Tem o seu ganho medido pelo mercado, podendo assim ficar limitado por circunstâncias que não dependem dele.

O que vou dizer agora não é uma regra, pois isso é bem pessoal. Essa é apenas a minha opinião, através da qual fiz algumas escolhas em minha vida:

O principal benefício de ser empregado, então, é não ter o risco. Agora, analisemos isso. Será que realmente não há nenhum risco? A empresa pode demiti-lo a um preço de apenas um aviso prévio de 30 dias mais 40% de multa sobre o FGTS. A empresa pode quebrar e você sequer receber os seus direitos. Sua área de atuação pode ter um excesso de oferta de mão de obra desvalorizando o setor. Sua profissão pode ser extinta com a criação de novas tecnologias. O empregado pode ter um chefe com o qual não há identificação, prejudicando sua carreira. Pode ser substituído por profissionais mais jovens e mais baratos. O empregado pode ser vítima de “puxadas de tapete” de colegas etc.

O fato de ter o seu salário determinado pelo mercado e não por sua produtividade, ficando a mercê de fatores externos, em minha análise, nunca me agradou nem um pouco. Se, na moral da história, como empregado, eu teria meu ganho limitado e ao mesmo tempo não é tão sem riscos assim. Então, assumir de vez os riscos empreendendo em troca de maiores oportunidades sempre me agradou muito mais.

Se eu voltasse aos meus 18 anos, duro como eu sempre fui, eu não teria nenhuma dúvida. Faria tudo da mesma maneira. Em minha empresa, eu estimulo os meus funcionários a empreenderem por meio de uma franquia. Os meus executivos empreendem do meu lado. Escrevo este texto para que você reflita e analise o caminho que se adeque mais ao seu perfil. Infelizmente, muitos apenas seguem a boiada e sequer fazem essa análise.