É preciso enxergar o problema para criar a solução

Segundo a UNESCO, o Brasil é o oitavo país com mais adultos analfabetos do mundo. No total, segundo esse levantamento, são mais de 14 milhões de analfabetos, cerca de 7% da população, que representam 38% de todos os analfabetos da América Latina, apesar de a população brasileira representar 35% do total da região.

Enxergando em perspectiva, o número de analfabetos no Brasil representa 40% a mais que toda a população de Portugal.

Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) aponta que não estamos evoluindo, uma vez que o índice de analfabetos acima de 15 anos de idade no Brasil aumentou entre os anos de 2011 e 2012, passando de 8,6% para 8,7%.

Além disso, o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, apontou um número de mais de 40 milhões de analfabetos funcionais no Brasil. Foram considerados analfabetos funcionais os que não são capazes de compreender ou interpretar um texto bastante simples. Nessa pesquisa, a Região Nordeste apontou uma concentração de analfabetos funcionais 50% maior que a média brasileira.

Vale lembrar que tanto os 14 milhões de adultos analfabetos quanto os 40 milhões de analfabetos funcionais representam juntos 38% do total de eleitores brasileiros que vão decidir o futuro do Brasil nas próximas eleições para presidente.

Para enriquecer a análise, segundo o TSE, dos 142 milhões de eleitores, encontramos o número impressionante de 53 milhões de pessoas, 37,3%, que possuem uma escolaridade que chegou no máximo até a 4ª série do ensino fundamental, dos quais somente 10 milhões conseguiram concluir.

Para ilustrar todos esses números, abaixo, o gráfico com os 10 países campeões de adultos analfabetos no mundo, onde é possível observar a categoria na qual estamos inseridos.

Lá fora, bem longe de sua realidade, que é usuário da internet, existe um mundo bem diferente e precário, mas que influencia diretamente no futuro do país. Sério, você não acha?\

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