Muito se fala sobre desigualdade e a necessidade de termos pobres ascendendo para a classe média, inserindo-se no mercado consumidor, além de poderem ter acesso a uma vida mais digna para sua família. Eu concordo 100% com isso.
No entanto, é preciso atentarmos para o seguinte aspecto lógico e matemático:
Para distribuir riquezas, primeiro, é preciso produzir riquezas. Portanto, mais importante que distribuir é produzir, já que, sem produzir, obviamente não haveria o que distribuir.
Por isso, o empreendedorismo é o único fator que pode salvar o Brasil.
Então, qual seria o critério para distribuir a riqueza de quem produz para os que não produzem?
1. Programas sociais de um governo – Programas sociais sozinhos não passam de um paliativo, pois distribuir sem a produção de riquezas nos leva inexoravelmente ao esgotamento, já que chegaríamos ao ponto em que não haveria mais o que distribuir sem produzir. A consequência é o que vemos hoje no Brasil: todos os programas sociais já sofreram cortes, continuarão sendo cortados, enquanto o governo luta para cobrar mais impostos e tenta continuar “distribuindo”, enquanto os que pagam mais impostos se sentem extorquidos. Como sempre, esgotou.
2. O comércio – Antes de distribuir riqueza é preciso distribuir conhecimento para que as pessoas possam participar desse comércio. O comércio é por muitos séculos a atividade que tirou muitos da pobreza. Vendendo um produto ou serviço é possível começar pequeno e crescer com seu próprio trabalho. Programas sociais podem ajudar os que estão em extrema dificuldade a começarem e aprenderem como executar seu pequeno projeto, seja de agricultura familiar, criação de galinhas, um pequeno negócio ou serviço etc.
Por isso, o empreendedorismo é o único fator que pode salvar o Brasil.
Não existem atalhos. Tirar de quem produz para dar a quem não produz, mesmo considerando sua necessidade, não resolve o problema e faz com que os que produzem vão embora do país, porque eles não são otários de serem escravizados por governo algum. Nos últimos anos, dezenas de milhares de pessoas qualificadas foram embora do Brasil por essa razão e o número não para de crescer. A consequência é a diminuição dos empregos, despejando milhares numa pobreza ainda maior e com menores perspectivas.
Já, estimulando o livre mercado, fomentamos a criação de novas empresas que geram mais empregos e impostos para os cofres públicos. Tudo isso, sem que o Estado, formado por burocratas que não entendem nada da realidade do mercado, mas que são cheios de intenções politiqueiras, interfira na atividade daqueles que produzem riqueza para o país.
Tudo começa com as empresas produzindo riquezas. A propósito, governo não produz riquezas. O governo vive da riqueza que as empresas e cada um de nós produzimos. Matar o livre mercado e as empresas seria como matar a galinha dos ovos de ouro. Porém, a ideologia de tirar de quem produz para dar para quem não produz, a partir de um certo ponto, em seu esgotamento, começa a invadir o mercado, saqueando suas perspectivas e despejando todo ecossistema no fundo do poço.
Por isso, o empreendedorismo é o único fator que pode salvar o Brasil.
A Venezuela, por exemplo, é o país latinoamericano que chegou mais longe como uma vítima das trapalhadas desses políticos incompetentes, presepeiros, xavequeiros e populistas. Com discursos benevolentes em defesa dos pobres, o que país fez na prática foi o contrário: aumentou dramaticamente a pobreza de sua população e a submete a humilhantes filas diárias para comprar comida para sobreviver, ostenta uma das maiores taxas de violência do mundo e uma inflação de 700% projetada para 2016, também a maior do Planeta. O fracasso retumbante flagrado na Venezuela, mais uma vez, é uma vergonha para os populistas que incentivam a estatização e desestimulam o livre mercado. Como resposta, o que eles fazem? Reconhecem o seu erro? Jamais. Eles culpam inimigos imaginários e se agarram desesperadamente ao poder. Diante do caos no país e o empobrecimento da população por consequência de suas ideologias, fica bem claro que o que eles amam mesmo é o poder.
Por isso, o empreendedorismo é o único fator que pode salvar o Brasil.
É preciso ter uma visão mais ampla e nos cercarmos de boas intenções. Eu, pessoalmente, gostaria de exterminar a pobreza no mundo. Gostaria mesmo, do fundo do meu coração, porém, não posso desprezar o fato de que para fazer isso, seria preciso produzir mais riquezas e não simplesmente confiscar de terceiros por mais ricos que sejam. A segunda hipótese já é comprovadamente fracassada, não apenas na Venezuela, mas em todas as experiências sociais ocorridas em vários países nos últimos séculos. A consequência dessa cruzada “em favor do proletariado” é o que a humanidade carrega nas costas: uma enorme mancha em sua história por conta dessas ditaduras que mataram milhões de pessoas em todo mundo na tentativa de implantar os seus regimes. Matar opositores por um “bem maior”, roubar por um bem maior, promover atentados por um bem maior, explodir bombas por um bem maior, realizar sequestros por um bem maior, assaltar bancos por um bem maior, desviar recursos de estatais por um bem maior, tudo isso, em nome do povo e para os mais pobres. Essas práticas foram uma marca dos regimes da União Soviética, Cuba, China, dentre outras tentativas, todas fracassadas, de “fazer o bem”. No final, ou eles eram mal intencionados desde o início ou se desviaram no meio do caminho. Nas duas hipóteses, este método está esgotado.
Para fazer o bem não tem mágica ou fórmula melhor conhecida por nossa civilização. Por isso, invocando uma visão mais ampla, eu repito:
Para distribuir riquezas, primeiro, é preciso produzir riquezas. Portanto, mais importante que distribuir é produzir, já que, sem produzir, não haveria o que distribuir.
Por isso, digo mais uma vez: o empreendedorismo é o único fator que pode salvar o Brasil.