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Quem trabalha com o objetivo de ficar rico geralmente não encontra razões suficientes para permanecer em sua busca quando aparecem as dificuldades, porque, muito antes de chegar lá, já fica desgastado com a turbulenta jornada. Outros acabam perdendo sua essência e negociando seus valores.

O mais comum é alguém acabar se tornando muito rico quando as razões que o levaram a progredir em seu projeto (quando este é bem estruturado, é claro) transcenderam seu próprio e legítimo interesse próprio. Ou seja, quando, além de se ter um excelente produto e gestão, o empreendedor tem a capacidade de construir um senso de missão e causa em seu negócio.

Tudo isso aliado a um modelo que envolva a todos os seus colaboradores nesta causa, recompensando-os generosamente pelos resultados atingidos. Além do mais, divertindo-se enquanto trabalha muitas horas por dia, seus resultados vão levá-lo a ficar muito rico. No entanto, como uma mera consequência.

Quando o assunto é liderança, esse conceito é ainda mais forte. Pois liderar é a arte de unir pessoas diferentes no mesmo propósito, trabalhando os elementos que movem cada um. Ou seja, esses elementos são diferentes para cada pessoa, mas convergem num único foco quando todos trabalham juntos pela mesma causa, projeto e metas da empresa.

Liderar pensando nos seus próprios interesses é impossível. O máximo que se consegue com foco nos seus próprios interesses é chefiar. A liderança é exercida através dos interesses dos liderados. Essa é a principal matéria prima da liderança. Ou seja, liderando é possível criar um ambiente de intra-empreendedorismo, onde cada um luta para alcançar seus próprios objetivos e o resultado final será, por consequência, o sucesso do projeto e do líder.

Esse é o famoso paradoxo da liderança: pensar em si é o mesmo que não pensar em si. Não pensar em si é igual a pensar em si. Como isso é o oposto do estilo de vida da sociedade nojenta em que vivemos, poucos entendem. Por isso, poucos constroem algo de fato relevante em sua existência.

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