Sobre gurus, filósofos e marketing pessoal

(Esta é, provavelmente, a 10ª vez que posto sobre este tema)

Sem ofensas. Cuidado com os conselhos e as críticas de pessoas sem resultados. Sobre os conselhos, provavelmente serão furados ou vazios. Sobre as críticas, provavelmente serão motivadas pela inveja ou recalque.

Quando contratar um médico, por exemplo, tenha a certeza de que ele é competente antes de entrar na sala de cirurgia. Quando emprestar seu ouvido para alguém, seja quem for, olhe para a vida dessa pessoa e avalie se a mesma realmente tem autoridade para tratar sobre o assunto.

O sujeito fala de sucesso? Verifique se ele o tem. Fala de empreendedorismo? Verifique quantas empresas construiu com sucesso. Fala sobre liderança? Verifique quantas centenas de pessoas a têm como referencial e que resultados conquistaram. Fala sobre relacionamento? Olhe para sua família.

Se o resultado de sua pesquisa for postivo, pronto. Você tem uma autoridade que pode lhe ajudar. Se a pesquisa mostrar que o sujeito não vive o que prega, não se iluda com as palavras bonitinhas, com as técnicas de oratória e com os efeitos sonoros e visuais de suas apresentações.

Na internet, hoje em dia, todo mundo é guru, coach, mentor, CEO, filósofo e fundador de sua ideia que sequer saiu do papel e, provavelmente, não vai sair. Mas não importa, o que vale é o marketing pessoal. Para essa turma, isso basta para virar uma autoridade cibernética. E o pior: os desavisados e famintos por uma reposta que dê sentido às suas vidas se impressionam com muito pouco e se tornam consumidores ávidos por placebo.

Quem quer chegar mais longe precisa pegar o caminho certo. Existe caminho certo? Sim, mas são poucos. Existe o caminho errado? Sim e são muitos. Logo, não é difícil acertar, mas é muito fácil errar.

Não se permita ser uma cobaia de quem quer que seja. Essa brincadeira inocente sempre sai muito cara.