Ser ou não ser feliz, eis a questão!

Recentemente, li um artigo bastante interessante que dizia que o curso mais popular
no momento na Universidade Yale, em New Haven, nos Estados Unidos, é o de
“psicologia e boa vida”. Com mais de 1.200 alunos matriculados, o curso se tornou
recentemente o mais popular nos três séculos de história de Yale. A professora
Laurie Santos baseia sua didática na psicologia positiva, que é a área responsável por
estudar a felicidade.

É bem compreensível a busca das pessoas por aprender a ser felizes, num século em
que nunca tivemos tantas opções de entretenimento e a diversão está a um clique,
em nossas mãos. Na contramão disso, a depressão tem aumentado em todo o
mundo e já é reconhecida como a doença mais incapacitante que existe, pois afeta
toda a vida de uma pessoa, tanto psicológica quanto fisicamente, emocional e
socialmente. Suas causas podem ser diversas: fatores genéticos, ambientais, fatores
relacionados a outras condições clínicas e, ainda, fatores psicológicos.

Não existe uma receita pronta ou que funcione para todos se protegerem desse que
já é conhecido como o mal do século, ou mesmo para sair da depressão. Entretanto,
conforme Laurie Santos, algumas tarefas que ela passa aos seus alunos podem
contribuir na tentativa de sermos mais felizes:

1. A lista da gratidão: durante uma semana, todas as noites, os alunos devem
escrever as coisas pelas quais se sentem gratos;

2. Dormir mais e melhor: o desafio é dormir 8 horas por noite, por uma semana.
“Parece bobo, mas sabemos que o aumento do sono diminui a depressão e aumenta
a atitude positiva”, diz Santos;

3. Meditar: a tarefa consiste em meditar 10 minutos por dia. Os estudos mostram
que a meditação e outras práticas que aumentam a atenção plena podem ajudá-los
a ser mais felizes;

4. Mais tempo para compartilhar com a família e amigos: uma pesquisa mostrou que
as coisas que normalmente trazem felicidades têm a ver com relacionamentos
interpessoais e conexões sociais. “Tenha tempo para estar com seus amigos e sua
família, aproveitar o momento, estar consciente e conhecer o mundo. (…) Muitas
vezes, relacionamos a riqueza com a quantidade de dinheiro que temos, mas a
pesquisa mostrou que o sentimento está mais relacionado com quanto tempo você
tem.”

5. Menos redes sociais e mais conexões reais: aparentemente, o grau e a
profundidade da interação nessas plataformas não supre a necessidade de
sociabilidade, além de consumir um tempo que poderia ser melhor empregado com
outras atividades que também produzem felicidade. “Você precisa se desconectar
das redes sociais e dormir um pouco mais”, sugere Santos.

Aprender a ser feliz é um exercício e, como qualquer outro, precisa de prática e
disciplina. Tudo começa com os seus pensamentos e, por causa deles, você tem
sentimentos e, dependendo dessas emoções sentidas, você terá atitudes que irão aproximá-lo ou afastá-lo dos seus objetivos. Portanto, não seja refém dos seus
pensamentos e sentimentos. Tenha uma atitude positiva em relação à vida e a você
mesmo.

Seja seu melhor amigo e aprenda a ter prazer na sua própria companhia. Quando
isso acontecer, você perceberá que a sua felicidade é uma decisão que só depende
de você e de mais ninguém!

Seja feliz sozinho primeiro para então, ao transbordá-la, estar pronto para dividi-la
com outra(s) pessoa(s)!

“Ser feliz é uma decisão. Você é tão feliz quanto decide ser.” (Rick Warren)

(Extraído de http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42996112)