Antes de mais nada, considero importante frisar mais uma vez que ninguém vale pelo que tem. A quantidade de dinheiro em sua conta não determina seu valor e quem você é. No entanto, vale ressaltar que ganhar dinheiro honestamente não é pecado e que, para proporcionar qualidade de vida à sua família, você terá que aprender a produzir riquezas através de seu trabalho. Por isso, pense um pouco sobre o conteúdo deste artigo.
O Approved index publicou um estudo que realizou entre os 100 indivíduos mais ricos do mundo, de acordo com a lista de bilionários publicada na Revista Forbes de 2015. A estatística observou, dentre outras peculiaridades, a formação acadêmica dessas pessoas.
O resultado você confere abaixo:
2% são formados em Direito;
2% em Matemática;
2% em Ciências;
3% em Finanças;
8% em Economia;
8% formados em vários outros cursos;
9% em Artes;
12% em Administração;
22% em Engenharia;
32% não frequentaram curso superior.
Se considerarmos os 50 bilionários brasileiros, essa estatística é ainda mais surpreendente, pois, desses 50 mais ricos no Brasil, 46% não frequentaram os bancos das universidades e tampouco tiraram de lá sua fonte de inspiração. Ou seja, quase a metade dos que construíram as maiores riquezas do Brasil não tem um diploma.
Essa pesquisa aponta dados estatísticos consistentes que não representam uma exceção ou algum ponto fora da curva de uma análise de um grupo pequeno. Ao contrário, a pesquisa avalia os 100 mais ricos do mundo e todos os bilionários brasileiros. Portanto, é uma constatação estatística que é resultado de um espaço amostral relevante.
O artigo não apresenta sua opinião final sobre esses dados e limita-se apenas a apresentá-los. No entanto, eu vou me atrever a fazer minha leitura pessoal sobre esses números, baseado em minha experiência e no que tenho observado ao longo dos últimos 24 anos, período em que vi muita gente prosperar e também muita gente fracassar.
Como explicar que um em cada três, ou seja, 32% dos homens e mulheres mais ricos do mundo não tenham um diploma universitário? Digo que é quase pela mesma razão que 9% dos bilionários mundiais são formados em artes. A realidade é que, pelo paradigma adotado pela opinião pública, e eu não concordo, artes sequer deveria ser considerada uma formação superior, já que essa atividade não pode ser associada a algum emprego formal relevante. Alunos aprovados em artes costumam ser discriminados, pois esse curso é considerado por muitos que pensam de forma convencional um curso de segunda ou terceira linha. Talvez por isso pensem fora da caixa e estejam abertos a maiores riscos para fazer valer sua opção.
O que quero dizer é que quem não tem uma formação orientada para um emprego convencional, ou mesmo não tem uma formação sequer, tem mais chances de pensar fora da caixa, ou quem sabe já esteja fora dela. Além disso, essas pessoas não foram treinadas para passar a vida batendo ponto e recebendo 13º no final do ano.
Quem não foi adestrado na cadeira de uma universidade convencional tem mais chances de ter uma mente aberta para outras possibilidades, libertando-se da famigerada CLT, sem estar limitado a uma área específica e tampouco entrou na linha de montagem corporativa com seus sedutores bônus de fim de ano, passagens de classe executiva e diárias em hotéis 5 estrelas que o mantêm hipnotizado por anos neste sistema até que desperte do sono profundo da Matrix.
Sei que esse não é um assunto popular e até, de certa forma, é incômodo e inconveniente de se tratar. Outros até se sentem ofendidos quando tocamos nesse tema com essa honestidade, de tanto que ele confronta verdades absolutas ditas e repetidas tantas vezes ao longo de nossas vidas. A verdade é que, doa a quem doer, dos que chegaram mais longe, o maior grupo é o que fugiu da universidade e dela teve uma menor influência.
O que estou sugerindo? Que você não estude?
Não, ao contrário. Estude muito, mas muito mesmo. Porém, não necessariamente pelas vias convencionais para pendurar diplomas na parede ou “valorizar” o currículo. Multidões seguem esse fluxo através de um sistema de ensino medíocre que muitas vezes aliena os nossos jovens e os treina por anos para fazerem provas que na maioria das vezes apresentam questões bem distantes da realidade do mundo e das necessidades que cidades, comunidades e empresas demandam todos os dias.
Para concluir: Você tem fome de quê? Se é de crescimento, certamente uma hora vai concluir que o fluxo convencional vai levá-lo, no máximo, ao encontro de resultados convencionais. Aliás, esses sempre estarão bem longe das estatísticas apresentadas acima. Logo, pense fora da caixa, saia da pressão do convencional e decida o que quer conquistar. Tendo coragem e determinação para lutar pelo que acredita, tenho certeza de que você vai chegar longe. Muito longe.
Quer mesmo chegar mais longe? Não tenha medo de pensar fora da caixa e questionar tudo. Tudo mesmo!
Você não possui qualquer coisa que tenha medo de perder. A realidade é que essas coisas é que possuem você.