Um grande dilema do jovem sempre é: qual é a minha vocação? Quando ele pensa em vocação, logo pensa em qual profissão deve escolher para passar o resto de sua vida. Essa indefinição atormenta muitos desde cedo e coloca uma enorme pressão sobre os novatos.
Não há problema algum em você ter uma profissão. No entanto, é importante se desvencilhar desse conceito antigo e a cada dia mais ultrapassado. Primeiro, porque há muitas novas áreas de atuação surgindo a cada dia e a maioria delas não está associada a nenhum profissão formal ou convencionada através de um diploma.
Outras delas, antes mesmo do final do curso universitário, grande parte do conteúdo estudado já não serve para nada, porque as tecnologias mudam a cada instante.
Está mais do que claro que o modelo convencional e formal do sistema de ensino, há muito tempo, não está de acordo com as necessidades do mercado moderno e, ainda assim, as grandes massas permanecem seguindo esse caminho, enquanto alguns perceberam que devem apostar em outras alternativas.
Um exemplo clássico de que posso falar com propriedade é sobre o ensino de línguas nas escolas públicas e particulares. Um fracasso que fica evidenciado pela presença da língua inglesa no currículo do ensino fundamental até o final do ensino médio, ou seja, mais de 12 anos estudando inglês, para quase nada, pois apenas 8% da população das classes A e B dominam o idioma. A existência de cursos de inglês é a prova incontestável do fracasso do ensino formal no Brasil no que se refere ao ensino do idioma.
Esse fracasso começa com o critério de contratação de professores nas escolas. O requisito é o diploma de Letras. O problema é que mais de 90% dos professores de inglês, formados em letras no Brasil, aprenderam sobre pedagogia em seu curso universitário, mas, no entanto, não são fluentes no idioma. Como um professor de inglês que não tem fluência no idioma pode ensinar algum aluno a falar inglês? Parece piada, mas essa é a realidade do ensino de inglês no Brasil, dando espaço para o surgimento de escolas de idioma no mercado, para suprir essa grave deficiência, já que o inglês é uma exigência para a contratação de profissionais em muitas áreas e, em outras, um fator decisivo para seleção de posições com salários mais elevados.
Voltando a falar sobre vocação x profissão, minha maneira de ver é bem pragmática: minha área é o sucesso. Desde jovem, sempre pensei que eu devo entrar no jogo para ganhar, para me destacar e para fazer a diferença. Não importa em que área, seja numa competição de jogo da velha, numa partida de videogame ou em minha atividade profissional.
Essa postura logo me permitiu crescer como executivo ainda bem jovem e, aos 23 anos, dominando as etapas daquele “videogame”, ter aberto minha própria empresa, justamente uma escola de inglês que veio a se tornar uma das maiores redes de ensino para adultos do mundo.
Nunca quis estar limitado a uma profissão, a uma área de atuação e tampouco a algum mercado específico. Recentemente, me tornei proprietário de um clube de futebol nos EUA, o que jamais havia passado pela minha cabeça. Mas é exatamente sobre essa flexibilidade e liberdade a que me refiro.
Na medida em que você for ganhando experiência, reputação como um “goleador” e acumular mais capital para investir em seus projetos, maior será a liberdade de escolher surfar a onda que você quiser, sem restrições, sem limites mercadológicos ou fronteiras geográficas.
Portanto, para muitos me perguntam frequentemente aqui na página “Flávio, qual é a profissão mais promissora no momento?”, minha resposta categórica é:
A profissão mais promissora no momento é o sucesso.
Comece pequeno e sonhe grande!