Eu não estou aqui para discutir sobre pena de morte, sua eficácia e sobre o potencial de reabilitação de um criminoso. Há muitos séculos, vários países têm adotado essa modalidade penal, enquanto outros têm uma postura mais branda.
A presidente Dilma Rousseff disse estar “indignada e consternada” com a execução do brasileiro que foi condenado por tráfico de cocaína na Indonésia e considerou a medida um incidente diplomático que poderá abalar a relação entre os dois países.
Segundo o código penal da Indonésia, o crime de tráfico de drogas é punido com pena de morte e, concordando ou não, tanto a lei quanto a soberania da Indonésia devem ser respeitadas.
Então, o que dizer sobre os quase 60 mil brasileiros que são assassinados todos os anos no Brasil? Até agora, não vi o governo brasileiro indignado e consternado a ponto de cumprir sua obrigação constitucional de resolver esse problema.
Apesar desse debate pertinente, deixo meus sentimentos à família do executado.