No empreendedorismo, na arte, no futebol… em tudo na vida. Todo mundo sabe a
importância da humildade. Mas, afinal, o que é ser humilde?
Eu acredito que tem tudo a ver com identidade. É uma questão de saber exatamente
quem você é e quem você não é.
Pense em alguém que é um bom vendedor, mas um péssimo administrador. Se essa
pessoa não tiver isso claro em sua mente, existem as seguintes hipóteses:
1) Ela pode se achar melhor vendedora do que de fato é, tornando-se soberba, e se
fechar para novos aprendizados em sua área. Pessoas assim normalmente acreditam
que ninguém pode ajudá-las;
2) Ela pode não enxergar o quanto é uma boa vendedora, nunca assumindo o seu
lugar e vivendo uma falsa humildade, que é sutil, mas também não é real. Esse tipo
de comportamento resulta em complexos de inferioridade ou em baixa autoestima;
3) Ela pode achar que é muito boa em tudo o que faz. Por isso, se a convidarem para
administrar alguma coisa, é bem provável que aceite, que tenha um esforço muito
grande para obter um resultado pífio, tudo por não saber quem de fato é. Então,
surgem resultados desastrosos em que a pessoa, com o orgulho ferido, passa a
terceirizar a responsabilidade pelos fracassos: “Afinal, eu sou tão bom em tudo… a
culpa jamais seria minha”.
No fim das contas, ninguém vence sozinho. Por isso, identifique suas fortalezas e
seus pontos fracos e procure se associar a pessoas que completem você.
E lembre-se: ser humilde é ter uma identidade muito clara. Não se acomodar com os
seus defeitos, mas saber aceitar a si mesmo. Saber quem você é e quem você não é.
Nem além, nem aquém. É ser simplesmente você.
Humildade é questão de inteligência.