Todo sistema de ensino é muito direcionado ao “como fazer”. Com isso, criamos uma legião de pessoas que desconhecem que, na realidade, são capazes de criar diversas formas do “como fazer” e que o maior valor, de fato, está muito distante do tal “como fazer”, mas sim no “por que fazer?” ou no “pelo que fazer” e até no “temos mesmo que fazer?”
Quando eu nutro essa pretensão de estimular e despertar uma nova geração de questionadores, ao mesmo tempo, abro a janela para a descoberta de novos pensadores, criadores, inovadores, “revolucionadores” e não apenas de “fazedores”, repetidores e de seguidores da boiada.
Por isso, não ocupo o pouco tempo que tenho disponível para produzir conteúdos para o GV com o tal “como fazer”. Sei que, infelizmente, pelo fato de muitos estarem condicionados pelo treinamento recebido na escola, poucos captarão a essência do que escrevo e o valor por trás das provocações que faço aqui diariamente. Mas é em nome desses poucos que persevero na certeza de que eles fazem meu esforço diário valer muito a pena e na esperança de despertar alguns de seu sono profundo.
Faço questão de dizer com todas as letras que todo o resultado que conquistei em meus empreendimentos no Brasil e fora dele, saindo do zero, nas últimas duas décadas, e sem contar os resultados que ainda vou conquistar, não tiveram ou terão mais do que 0,0001% de crédito atribuídos a esse sistema de ensino medíocre do “como fazer”.
Logo, não espere que o GV ou qualquer iniciativa que eu tenha compartilhe conteúdos de algo convencional, listas mastigadas de “como fazer” ou manuais de procedimentos. Espere conhecer novas referências e, acima de tudo, observe meus resultados. Não apenas os resultados do passado, pois empreendedor não tem passado. Avalie se aquilo que eu escrevo ou falo está sendo praticado em meus negócios e em meus resultados, pois de fala bonita a internet está cheia, mas os resultados vitoriosos de seus autores contamos nos dedos.