Já ouviu essa frase: “Se todo mundo comer cocô, você também vai comer?” Essa era uma resposta clássica para perguntas corriqueiras do tipo: “Mas, mãe, todo mundo faz isso. Por que eu não posso fazer?”
Pois é, ainda assim, o que mais vejo hoje é gente “comendo cocô”. Ou seja, fazendo o mesmo que as grandes massas fazem, pensando o mesmo que elas e sonhando a mesma categoria de sonhos.
Ontem, aproveitando as férias com a família, depois de um dia de muita diversão e depois do jantar, comecei uma aula com meus filhos (13 e 15 anos) sobre mercado digital, o potencial da internet e o oceano de oportunidades que este novo mundo apresenta. Logo depois, eles me fizeram uma pergunta:
“Pai, diante do que você acabou de apresentar, por que as pessoas saem de casa, passam um tempão no trânsito para chegarem a um escritório para trabalharem 10 horas por dia, para em seguida voltarem para casa num enorme engarrafamento em troca de um salário geralmente baixo?”
Minha resposta não poderia ser mais simples e direta:
“Porque a escola não ensina para eles o que eu estou ensinando agora para vocês. Ao contrário, a escola é que ensinou para eles que todos precisam e dependem de um salário para sobreviver e, por isso, muitos se sujeitam a esse estilo de vida.”
Outro dia um GV me fez essa pergunta:
“Flávio, eu não paro em nenhum emprego. Que conselho você me dá?”
Respondi: “Quem disse que você precisa de um emprego?”
Abra sua mente para um novo mundo e liberte-se desse mundinho comum que o sistema insiste em te colocar goela abaixo.
Todas as vezes que falo sobre isso, alguém me pergunta:
“Mas, Flávio, se todo mundo pensar assim, não vai ter mais gente para trabalhar nas empresas…”
Sempre respondo:
“Jamais todos vão pensar assim, porque nem todos terão a coragem de sair do fluxo da boiada. Lá, a maioria se sente ilusoriamente mais segura. No entanto, se uns 5% da população descobrissem que podem mais, além de ganharmos novos empreendedores, os salários de quem ainda estivesse no mercado de trabalho aumentaria com a escassez de mão de obra gerada pelas vagas deixadas por esses 5% de corajosos e idealistas.”
Vamos lá. Nada de comer cocô. Nada de seguir a boiada. Você é muito melhor do que isso.