Quantas vezes o mundo mudou na última década?
Está mudando neste momento e não vai parar de mudar.
As regras do jogo, os modelos de negócios, as relações de trabalho, bem como as relações entre consumidores e a tecnologia estão em constantes transformações.
Como parte dessa mudança, todo o mundo velho, ou seja, a máquina burocrática, o sistema de ensino e velhos conceitos, caíram em desuso sem que muitos sequer tenham percebido.
Estamos no meio dessa transição que promove uma imensa ruptura com o velho e impõe sobre todos o novo. Também é importante compreender que este novo chegou repleto de novas oportunidades e possibilidades para todos. No entanto, sem dar outra alternativa, a não ser mudar, para os que insistem em se apegar ao velho. Gostando ou não, a verdade é que o velho está morto e quem não o sepultar será enterrado junto com o defunto.
A resistência da atual geração diante dessa inevitável mudança de forma de vida tem promovido uma luta, derrotada por antecipação, dos que ainda vão tentar resistir a essas mudanças, o que transformará a próxima década numa tumultuada transição em todo mundo.
Os que entenderem que estamos num caminho sem volta e aprenderem a jogar o novo jogo ocuparão as melhores posições no tabuleiro. Já as novas gerações vão sentir o choque entre o novo e o velho, já que nasceram no meio do novo. Porém, muitos vão esbarrar com a resistência do velho dentro das salas de aula que em muitos casos servirão como trincheiras da resistência. Um esforço inútil.
Sentados em suas carteiras escolares, muitos serão assediados e catequizados na tentativa de mantê-los dentro do velho. Porém, ao serem despejados no mercado de trabalho, no mundo real, serão atropelados pelo novo e chegarão à conclusão de que não foram preparados para essa nova forma de vida. Entre mortos e feridos, depois de 20 anos, o velho será lembrado apenas nos livros e museus e o novo talvez já tenha ficado velho e já terá dado lugar a um “novo novo”…
O ciclo das mudanças é implacável, deixando para trás os que nutrem a ilusão da estabilidade. Aliás, estabilidade, segurança e seus derivados, a essa altura, já foram sepultados com o velho. Quem tentar se apegar a esse defunto, cedo ou tarde, acordará para a vida. Ou melhor, para uma nova forma de vida.
Nesse novo mundo, a capacidade de se reinventar é condição de sobrevivência. Isso vale para governos, empresas e pessoas. Estar aberto para novos conceitos, bem como desapegar-se rapidamente dos antigos, será a habilidade dos bem sucedidos nessa nova realidade. Tecnologia e capacidades humanas terão que caminhar juntas. Nerds com deficiências nas relações humanas ficarão para trás. Comunicadores e especialistas em processos corporativos que são analfabetos digitais ocuparão um lugar especial na mediocridade. Países com leis rígidas que existem para tentar proteger os mais relutantes a essas mudanças, mesmo sem ser essa a intenção, vão acabar despejando-os ainda mais rapidamente na insignificância.
Veja o exemplo do Uber em relação aos taxistas. Na há lei que impeça a vontade de um novo mundo. Não há força maior do que a força da mudança. Quando a mudança chega só há duas alternativas: mudar ou morrer.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”, já dizia Charles Darwin.
Não tenha medo. Chegou sua hora de conquistar seu espaço nesse novo mundo. Essa era a oportunidade que você esperava.
Feliz 2018. Este ano já começou com toda força.
Sim, é 2018 mesmo. 2016 já é um ano velho.