Aviso: A intenção não é esta, mas pode ser que você se ofenda ao ler este texto. Se você não gosta ou não quer refletir e até questionar sobre o mundo que o cerca, sugiro que não leia.
Depois de levarem décadas sendo adestrados dentro da escola e da universidade, a fim de se tornarem profissionais contratados por uma empresa pública ou privada, é provável que para eles se torne muito difícil abrir mão das premissas e crenças adquiridas em todos esses anos ali dentro. Isso explica o fato de que a hipótese de empreender para muitos seja sempre vista com muito medo e desconfiança. Afinal, durante toda a vida, não foram treinados para isso.
Não é por acaso que vemos muitos empreendedores bem sucedidos, ricos e com uma ampla e aguçada visão de negócios que têm em seu currículo uma pequena escolaridade.
Por outro lado, também não é pouco comum vermos profissionais especialistas e muito bem formados trabalhando justamente para esses empreendedores.
Um apostou todas as fichas no sistema de ensino como meio de ter uma vida melhor no futuro. O outro apostou suas fichas em estudar, pesquisar e aprender por conta própria para empreender como meio de ter uma vida muito acima da média.
A diferença não está na capacidade ou inteligência de cada um, mas, sim, na visão de mundo que desenvolveram ao longo da vida.
Vamos nos aprofundar um pouco mais:
Um foi criado dentro da gaiola do sistema de ensino formal, sendo preparado para viver dentro de uma outra gaiola, a corporativa, comendo sua porção de alpiste colocada no pratinho todo 5º dia útil. Como ele só conheceu esse modelo de vida, pensa que não há escolha e, por isso, tem muito medo de bater suas asas e voar. Segue ali dentro, aprendendo a se conformar com planos menores e diferentes daqueles que um dia sonhou.
O outro também passou pelo sistema de ensino e, apesar de não ter tido maiores dificuldades de ter conseguido bons resultados, sentiu que aquele enquadramento não lhe fazia os olhos brilharem. Em vez de simplesmente seguir o fluxo, questionou e despertou ambições maiores, porém mais arriscadas, uma vez que fora da gaiola não tem alpiste todo mês e é preciso caçar. Aprendeu a viver assim, gosta dessa liberdade e não se assusta com os perigos da vida fora da gaiola, já que vê a estagnação da vida dentro dela uma ameaça muito maior.
Não quero ofender ninguém ao apresentar essa perspectiva e tampouco quero dizer que alguém seja melhor do que o outro por estar dentro ou fora de uma gaiola, seja ela qual for.
Escrevo este texto com um único objetivo: dizer que você tem escolha, mesmo que ela jamais lhe tenha sido apresentada, ao contrário, você tenha encontrado todo sistema tentando lhe transformar em um a mais na multidão, seguindo padrões que muitas vezes você mesmo nunca viu sentido.
Você tem escolha:
(a) A pílula azul
(b) A pílula vermelha
Uma vez escolhendo, sua vida nunca mais será a mesma, seja dentro ou fora da Matrix.