“É mais do que uma questão profissional. Tem o fato de se sentir parte da sociedade”, afirma a líder, Bruna Prado.
“Fui a uma reunião de Embaixada e tive vários insights. Pensei: preciso ajudar os surdos a pensar diferente”, afirma Bruna da Silva Prado. Com essa vontade e o incentivo de outros líderes do movimento, a intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) acaba de fundar a Embaixada Surdos Empreendedores, em Taubaté, cidade no interior de São Paulo.
O primeiro encontro foi realizado na Associação de Inclusão Social e Cultural (IncluiArt), da qual Bruna é administradora. Ela explicou o movimento aos participantes e falou sobre os três pilares das Embaixadas: conhecimento, relacionamento e liderança.
A maioria são pessoas que trabalham em fábricas e fazem do empreendedorismo uma opção complementar. O intuito, de acordo com a líder, é mudar vidas, incentivando discussões e reflexões e demonstrando como os surdos podem se preparar para empreender como principal atividade, vencendo os obstáculos.
“É um grande desafio. Tenho entrado em contato com vários surdos que são especialistas na área da linguística sobre como criar um vocabulário voltado ao empreendedorismo”, destaca Bruna. “É mais do que uma questão profissional. Tem o fato de se sentir parte da sociedade. A reunião foi um momento de aprendizado para todos”, finaliza a líder.
Sobre as Embaixadas
As Embaixadas surgiram a partir de um movimento espontâneo de simpatizantes do universo empreendedor, que decidiram começar a se reunir com o objetivo de debater conteúdos relacionados a empreendedorismo, promover networking e desenvolver habilidades em comunicação e liderança. A primeira Embaixada foi fundada em Vila Velha, no Espírito Santo, em fevereiro de 2017. Hoje, já são mais de mil espalhadas por todo o Brasil. Para participar desse movimento, escreva para lucia@meusucesso.com