Hoje eu ouvi que havia um personagem bem conhecido no mercado que estava muito incomodado com a abordagem do GV. O principal incômodo era que o indivíduo achava que estamos massificando demais o empreendedorismo.
É óbvio que não é a primeira vez que percebo esse incômodo em pessoas que acham que empreendedorismo é uma atividade elitista, restrita apenas a uma elite acadêmica ou associada a uma atividade “glamurosa”.
Segundo esses pretensiosos, dar esperança demais para as pessoas comuns, dizendo que elas são capazes de construírem sua própria história, é uma espécie de ilusão. No fundo, quando eles pensam ou dizem isso, ao mesmo tempo expressam seu preconceito, como também sua mediocridade, já que, no fundo, muitos deles nunca realizaram nada em suas vidas ou, o pouco que realizaram, foi com o patrocínio do papai ou com muito mais aparência do que de fato resultados concretos.
Vou repetir o que já disse: empreendedorismo é para todos. É para quem se formou em Harvard ou na faculdade do Tribobó do Oeste. Para quem só tem o ensino fundamental e até pra quem é analfabeto.
Valorizo tanto um jovem de uma startup de tecnologia quanto uma mãe de família que sustentou sua família lavando roupas, como admiro o pipoqueiro que inovou e criou uma rede de pipoqueiros, como admiro o garçom que abriu seu restaurante com muita dificuldade e criou uma rede de restaurantes e que por fim a vendeu por 800 milhões – como no caso do Fogo de Chão – dentre muitas outras histórias de pessoas que contrariaram a lógica elitista desta sociedade hipócrita.
O GV não está aqui para agradar aos pretensiosos de palavras difíceis que ostentam uma coleção de diplomas na parede e um arsenal de experiências frustradas, restando-lhes histórias bonitinhas para contar com seu discurso intelectual de voz impostada.
O GV está aqui para encorajar os que sonham remar contra a maré e estão dispostos a mudar de vida através de suas iniciativas sem se intimidarem com a selva que é o mercado e nem ceder ao coitadismo cada vez mais comum.
Aliás, faz tempo que não falo isso, mas se você não acredita que seja possível uma pessoa comum superar as enormes barreiras sociais e vencer, você está no lugar errado. Para resolvermos isso, é fácil: é só não entrar mais no blog.