Ouvi há algum tempo uma história de um executivo que durante um período de dois meses, enquanto se dedicava a um projeto, saía de casa antes de seu filho acordar e geralmente chegava de volta quando ele estava dormindo. Claro que esta não é uma situação ideal, mas necessária num determinado período de tempo.
À noite, antes de dormir, todos os dias o executivo ia até o quarto de seu filho e lhe dava um beijo, além de ficar por alguns minutos olhando para ele enquanto dormia. Quando o menino acordava pela manhã, percebia que havia um nó na ponta de seu travesseiro e aquele código significava que o seu pai esteve com ele durante a noite. Ele saía para a escola certo da presença de seu pai, apesar de sua distância geográfica.
Por outro lado, muitos pais chegam em casa no final da tarde, ao final de um expediente convencional, convivem com a família no mesmo espaço físico, mas – no entanto – sua mente e seu coração estão em outro lugar.
Esse mesmo princípio se aplica na gestão de empresas. Na era da informação e tecnologia, será cada vez mais comum os escritórios convencionais serem substituídos por escritórios virtuais ou home offices. Em meu caso, por exemplo, o período em que minha empresa mais cresceu foi quando me mudei para os EUA, deixando a cargo de meus executivos a responsabilidade, dentro de minha liderança, de tocarem o dia a dia da companhia.
Isso porque estar presente é muito mais do que simplesmente estar perto, da mesma forma que estar longe não significa estar ausente.